Dentro do universo dos mangás, há um nome que desperta tanto paixões quanto ódio nos fãs: Akira Hiramoto (Prison School). Esse nome pode não soar tão familiar de início, mas certamente você já ouviu falar de uma de suas obras mais famosas: “Prison School”. Qual otaku que se preze não conhece ou ao menos ouviu falar dessa série?
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Fãs comenta sobre o final ‘horrível’ de Prison School
Porém, é bem possível que você só tenha tido contato com a adaptação em anime feita pela JCSTAFF lá em 2015, durante o verão japonês. Talvez você até tenha sentido vontade de mergulhar no mangá, mas foi bombardeado com avisos para não fazê-lo. É aí que entra a fama ruim de Akira Hiramoto, pois os fãs reclamam que “ele não sabe dar um fim decente às suas histórias”.
“Prison School” gira em torno de Kiyoshi Fujino, um dos cinco garotos matriculados no Instituto Hachimitsu, que é basicamente um paraíso feminino com uma pitada de inferno para eles. As coisas complicam quando esses caras acabam presos na escola pela tirania do Comitê Estudantil.
Mas essa história não se resume a uma guerra dos sexos. “Prison School” é conhecida por suas cenas diferentes, design ousado e uma gama de outras coisas. E não dá para negar que as ilustrações femininas das personagens femininas.
Normalmente, mangás com foco em garotas deixam a desejar na trama, mas “Prison School” quebra esse estigma. Apesar de avançar em um ritmo lento, a história é pontuada por momentos de comédia e sensualidade, um atrás do outro. Porém, alguns argumentam que o autor ficou sem ideias criativas para manter o aspecto do mangá, embora tenha havido um intrigante triângulo amoroso entre Kiyoshi, Chiyo (a irmã do presidente do conselho e interesse amoroso de Kiyoshi) e Hana (a secretária do conselho que se apaixona por Kiyoshi após várias interações).
Quando parecia que um lado venceria, o outro lançou seu último trunfo. No final das contas, nenhum dos dois saiu como vencedor, e o autor encerrou a história de forma abrupta e confusa. Muitos argumentam que esse desfecho estava de acordo com o tom absurdo da narrativa desde o início.
Os próprios fãs começaram a alimentar esperanças de que mangá de comédia como “Prison School” de repente se transformaria em uma história de amor e relacionamentos, o que não condizia com a essência da obra. No entanto, a maioria se decepcionou com o desfecho em que Chiyo se torna presidente do conselho estudantil para continuar atormentando os homens, algo completamente fora de seu perfil de personagem, e isso é considerado um dos piores finais na história dos mangás.
O impacto foi tamanho que, mesmo tentando fazer novas histórias como “RaW Hero” e “Futari Switch”, o autor nunca conseguiu replicar o sucesso de “Prison School” porque toda a sua base de fãs lhe deu as costas.
Os fãs comentaram sobre o anime nos dias de hoje:
- O final é um grande “vai se foder”, não há lógica por trás disso, os personagens agem em contradição com sua personalidade original.
- Chiyo pensava que Kiyoshi era um cara legal, que ele não era um mentiroso ou um pervertido. Quando Chiyo o viu usando a calcinha de Hana, sua imagem perfeita de Kiyoshi foi destruída. Perceber isso e receber uma chuva de ouro em seu próprio aniversário de um cara que ela respeitava a levou ao limite. Podemos supor que todo aquele trauma a transformou em uma misândrica como sua irmã, e é por isso que no final Kiyoshi disse que ela não havia mudado nada desde o início. “Ele sempre foi um mentiroso, e apenas Hana o aceitou como ele era desde o início.
- Bem dito, Chiyo teve o desenvolvimento exatamente oposto ao de Mari, que começou a odiar os meninos por motivos infantis e insípidos até que foi forçada a trabalhar com eles especialmente Kiyoshi (o verdadeiro, não a invenção que ela interpretou para Chiyo) alcançando um ponto onde eu não poderia mais odiá-los.
- Se esta fosse uma série de anime normal eu concordaria com você, mas para uma comédia ecchi eu não queria nada profundo que me deixasse triste por alguns dias, só queria um final feliz e satisfatório. “Sou o tipo de pessoa que fica obcecada pelos personagens e pelos futuros possíveis para eles depois que tudo acabar.
- De alguma forma, o autor conseguiu encontrar uma maneira de deixar todos os personagens do triângulo amoroso infelizes e terminá-lo da maneira mais insuportável possível. É raro encontrar um mangá com um final pior que Usagi Drop (porque joga no lixo todo o desenvolvimento do personagem que acontece antes), mas aqui estamos.
Vários fãs curtiu o final da história:
- A verdade é que gostei muito da história, com todos aqueles planos, contra planos e planos de contingência! A autora ainda conseguiu transformar algo tão comum como um beijo em algo enorme e avassalador (pelo menos para mim). Se não fosse pela extrema violência gráfica, o primeiro arco seria uma obra-prima. Só posso presumir que a tortura foi introduzida como uma fantasia de poder para leitoras, uma tentativa de atraí-las para um mangá ecchi no qual elas não estariam interessadas de outra forma. Eu até li comentários de alguns onde eles declaram alegremente que são como Meiko ou Hana. Sim, realmente algo para se orgulhar.
- Eu amo Prison School, mas esse final me irritou. Tanto tempo e esforço investidos nos personagens apenas para jogá-los fora parece quase um “Foda-se” do autor. Estou convencido de que ele fez isso de propósito.
- Acabei de chegar ao fim e… deixou um gosto ruim na boca. Hana e Kiyoshi eram os melhores e, embora eu quisesse que eles terminassem juntos, não queria que fosse por causa da sabotagem a Chiyo. Eu queria que Kiyoshi começasse a valorizar o que ele tinha com Masa. Na verdade, Masa nem acabou confessando e a última emoção que tivemos dele em relação a ela foi raiva. E aquele último painel “homens são lixo” era desnecessário. E já que estou reclamando, o arco Cavalry Battle deu uma nova definição de como fazer um mangá muito lento.
Por fim comentem de você já leu ou assistiu Prison School.
Fonte: Reddit