A Gifford Middle School, no leste da Flórida, removeu o mangá Assassination Classroom de sua biblioteca no mês passado, depois de receber reclamações de grupos.
Ansatsu Kyoushitsu – Mangá é removido de livraria na Flórida
O Elmbrook School District, no sudeste de Wisconsin, também removeu o mangá de sua biblioteca eletrônica no mês passado, após uma reclamação de um dos pais.
A obra também enfrenta desafios em outros estados.
No mangá Assassination Classroom e suas adaptações, uma turma de alunos do ensino médio tem a tarefa de assassinar seu professor (que na verdade é um alienígena com superpoderes) antes que ele destrua a Terra no final do ano letivo.
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Sendo assim, a Gifford Middle School removeu três livros da franquia, que traz ilustrações de alunos com armas em uma sala de aula de sua biblioteca. De acordo com Jennifer Pippin, presidente do capítulo Indian River County de Moms for Liberty, os livros eram inadequados, considerando os recentes tiroteios em escolas nos Estados Unidos.
Jennifer Pippin acrescentou:
Não queremos que os alunos pensem que não há problema em matar seus professores.
Outro grupo da Flórida, a organização Citizens Defending Freedom anunciou que vai lidar severamente com o mangá, que está presente nas escolas de ensino médio da Flórida apesar de seu conteúdo violento.
A diretora nacional de comunicações da organização, Kristen Huber, declarou:
Todos devemos ser capazes de concordar que a violência contra os professores e o conteúdo sexual explícito não é algo que as escolas devam glorificar ou promover, especialmente com o dinheiro dos contribuintes.
O projeto de lei HB 1467, da Flórida, entrou em vigor em julho passado e exige que as bibliotecas escolares incluam apenas livros pré-aprovados ou examinados por um detentor de “um certificado válido de especialista em mídia educacional” do Departamento de Educação da Flórida.
Vale lembrar que O Elmbrook School District, no sudeste de Wisconsin, adicionou cinco livros da franquia em sua biblioteca eletrônica a partir do ano letivo de 2021-2022, mas os removeu no mês passado depois que um pai levantou preocupações de que o distrito poderia estar promovendo violência armada contra professores. A diretora de serviços de biblioteca de Elmbrook, Kay Koepsel-Benning, disse que a afirmação é “imprecisa”. Além disso, outro pai levantou preocupações sobre a representação da violência e a sexualização de menores na série.
A série também é contestada em Pender County, na Carolina do Norte, onde foi então descrita como uma obra que educa os alunos sobre como matar seus professores.
Em Richmond, Virgínia, o Projeto de Lei 1379 da Câmara, que exige que os diretores das escolas mantenham um catálogo de todo o conteúdo audiovisual e acompanhem quais livros contêm conteúdo sexualmente explícito na biblioteca da escola e disponibilizem essas informações aos pais, foi aprovado pela Câmara dos Delegados em fevereiro, e agora está em discussão nas subcomissões do Senado. O delegado Tim Anderson, que patrocinou o projeto de lei, citou o mangá Assassination Classroom e disse que questionou o fato de que a obra está disponível em algumas bibliotecas escolares.
Por fim, é interessante relembrar que o mangá de Death Note enfrentou reclamações semelhantes nos anos 2000 e 2010.
Fonte: Siliconera